quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO


AREA: Toxicologia
O USO DA QUIMIOMETRIA NA AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS EM PEIXES.
Bruno de Cássio Veloso de Barros (SESPA/LACEN-PA); Simone de Fátima Pinheiro Pereira (Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Exatas e Naturais, Departamento de Química.); Dulcidéia da Conceição Palheta (Universidade Federal Rural da Amazônia); Ana Patricia Silva Palheta (Museu Paraense Emílio Goeldi); Paulo Sérgio dos Santos Souto (Universidade Federal Rural da Amazônia)

Resumo
O risco de contaminação por mercúrio, originada nos garimpos de ouro em décadas de exploração desenfreada e por origem natural, tem sido alvo de preocupação na área ambiental e da saúde pública. Em relação às populações humanas, uma das possíveis vias de exposição é por meio da ingestão de alimentos contaminados. Este aspecto cresce em importância quando se trata de comunidades ribeirinhas,especialmente indígenas, onde o pescado é a base da dieta protéica diária (Gonçalves, 1993; Bidone et al., 1995; Bidone et al., 1997; Barbosa et al., 1997; Boischio & Cernichiari, 1998).Na região amazônica foram desenvolvidos poucos estudos envolvendo a especiação química do mercúrio, sobretudo em organismos aquáticos. No entanto, as pesquisas realizadas em peixes têm demonstrado que cerca de 60 a 95% do mercúrio total, em tecido muscular, ocorrem na forma de metil mercúrio, que é uma das formas mais tóxicas para o homem (Westoo, 1966; Cappon & Smith, 1981; WHO, 1990; Akagi et al., 1996).Foram coletadas 25 amostras na área de proteção ambiental (APA) do igarapé Gelado no município de Parauapebas estado do Pará. A abertura das amostras foi feita em microondas utilizando ácidos fortes e peróxido. Os metais Ag, Al, Ba, Ca, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Na, P, Pb, Sr e Zn foram analisados através da técnica da espectrometria da emissão ótica com plasma indutivamente acoplado (ICPOES). Todos os elementos mostraram excelentes correlações (0,934-1,000) entre si com exceção do Pb. Através da análise de componentes principais (PCA) foi possível explicar a maioria dos resultados (Fator 1-91,83%) e também mostrou que só o Pb não faz parte do grupo de elementos analisados. Através do cálculo da Anova verificou-se que as médias dos elementos em tecido de peixe diferem significativamente (Fcrítico < Fcalculado), e no estudo hierárquico de agrupamentos (HCA) os elementos que apresentaram as maiores similaridades foram Ag, Al, Ba, Cu, Fe, Mn, Na, Pb, Sr e Zn. A maior variabilidade dos resultados foi do potássio verificado através do boxplot com alguns resultados anômalos (outlier) para Ca, K, Mg e P. As análises apresentadas mostram que os elementos presentes no igarapé gelado, inclusive os metais pesados, estão sendo absorvidos pelos peixes e que os níveis de concentração em alguns elementos podem causar danos a saúde da população que consome estas espécies. Palavras-chave: Peixe, Estatística, elementos químicos, APA Igarapé Gelado.

Fonte:Mercúrio

Parauapebas-Pa

Parauapebas é um município brasileiro do estado do Pará. Está localizado a 700 km da capital do estado. Nos últimos anos a cidade duplicou o número de habitantes, muitos atraidos pelos projetos de exploração de minério no município.

Economia

Atividade mineradora - Representadada principalmente pela Mina de Ferro de Carajás, da Companhia Vale do Rio Doce. A extração do minério de ferro representa a principal fonte de recursos do município empregando cerca de 8 mil pessoas diretamente e cerca de 20 mil indiretamente. Além do minério de ferro possui destaque a extração dos minérios de manganês e de ouro. A Vale exportou 3,8 bilhões de dólares em minérios em 2008, levando o município a atingir a oitava colocação entre os maiores municípios exportadores do país.

Atividade pecuária - Realizada em geral de maneira extensiva em diversas propriedades rurais de médio porte. Dados de 2005 apontam um rebanho de quase 300 mil cabeças de gado.

Atividade agrícola - A atividade agrícola no município de Parauapebas é pouco expressiva e é quase em sua totalidade desenvolvida em pequenas propriedades familiares. Os produtos agrículas com maior participação no PIB do municício são abacaxi, tomate e mandioca, com rendimento de cerca de R$20 milhões/ano cada (2005).[6]

Comércio - A cidade possui dois centros comerciais expressivos. Um deles se localiza no bairro Rio Verde nas proximidades da rua Curió (também conhecida como rua do Comércio) e o outro se localiza distribuido por todo o bairro Cidade Nova. Em breve a cidade contara com o Unique Shopping Parauapebas
Outras - Desenvolve-se também na cidade as indústrias: extrativista vegetal, pesqueira, movelaria e beneficiamento de produtos agrícolas. Além dessas, a cidade possui um mercado municipal e uma feira agrícola permanente.

Recursos minerais

Uma das maiores províncias minerais do mundo, com jazidas de minério de ferro, sob a forma de hematita, alcançando 68% de Fe, assim como de minério de manganês, de cobre e de ouro.
Possui uma área de 7077,269 km².


História

Em meados dos anos 60, foi descoberta uma das maiores províncias minerais do mundo, Carajás, no sudeste do Pará. Anos depois, em 1970, a Companhia Vale do Rio Doce (Vale) se associou à empresa U.S. Steel criando a AMZA - Amazonia Mineração S.A. para explorar o Projeto Ferro Carajás. EM 1981, a Vale adquiriu a exclusividade de explorar minério de ferro, ouro e manganês no local, antes habitada por índios Xikrins do Cateté e remanescentes do Ciclo da Castanha.
Em 1981, deu-se início da implantação do Projeto Ferro Carajás. No vale do rio Parauapebas começou a ser construída a vila de Parauapebas. A construção do núcleo de Parauapebas provocou a migração de muitas pessoas para a área. Em pouco tempo, o povoado do Rio Verde, apesar das condições inferiores em relação aos padrões do núcleo projetado, superou a população prevista. A vila que havia sido projetada para atender 5.000 habitantes, segundo dados do IBGE, já estava com 20.000 habitantes.
A Vale construiu uma rodovia asfaltada entre a cidade de Marabá e as instalações da empresa com cerca de 200 km. Essa estrada foi, posteriormente, transferida ao Estado do Pará.
Chegaram fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pessoas recrutadas para trabalhar no Projeto Ferro Carajás. Próximo à rodovia começaram a surgir as construções das primeiras casas e barracas, dando início ao povoado de Rio Verde, que mais tarde se tornaria um dos maiores bairros da cidade.
A Vale construiu um núcleo urbano ao lado do povoado para abrigar seus funcionários, nesses se incluem os que viriam trabalhar nas obras da Estrada de Ferro que ligaria a província mineral ao Porto da Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão.
A empresa iniciou ainda as construções da Escola Euclides Figueiredo, da delegacia, do hospital, do prédio da administração e da rede elétrica.
Em 1983 o Grupo Executivo das Terras do Araguaia – Tocantins (GETAT) distribuiu lotes agrícolas e usou máquinas para abrir as ruas do Rio Verde, onde já estava se organizando um comércio.
No ano de 1984, garimpeiros de Serra Pelada invadiram o povoado para obrigar o Governo a lhes dar o direito de explorar o ouro da Serra Pelada.
Em 1985, deu início a luta pela emancipação política da região. Parauapebas, então pertencente à Marabá, só obteve autonomia administrativa depois de quatro anos de movimentos favoráveis ao desligamento político de Marabá, em 1988. A vila por meio de plebiscito tornou-se município a partir da Lei Estadual nº 5.443/88 de 10 de maio de 1988.
Em 1985, o presidente José Sarney inaugurou a Estrada de Ferro Carajás, também construída pela Vale, com investimentos de alguns bilhões de dólares.
De 1981 a 2004, a população de Parauapebas cresceu mais de 10 vezes chegando no número de 110.000 habitantes. O número de eleitores cresceu 2,7 vezes entres os anos de 1989 e 2004, passando de 23.733 para 63.496 eleitores, uma média de crescimento anual de 6,8%.
Se comparado às taxas médias de crescimento anual da população brasileira, do Pará e de Parauapebas, no período de 2001 a 2004, se observa que a população do município cresceu 8,9%, enquanto o País e o Estado ficaram com as marcas de 1,3% e 2,0%, respectivamente. Atualmente, a população de Parauapebas é em torno de 150 mil habitantes.
Os bairros de Parauapebas são:
- Cidade Nova - Primavera - União - Maranhense - Rio Verde - Liberdade I - Liberdade II - Bairro da Paz - Guanabara - Nova Vida - Beira Rio I - Beira Rio II - Novo Brasil - Caetanópolis - Jardim América - Bela Vista - Jardim Canadá - Altamira - Novo Horizonte - Betânia - Vale dos Carajás - Vila Rica - Casas Populares I - Casas Populares II
São muitas as causas que fazem de Parauapebas um pólo de atração populacional, dentre eles: a exploração do minério de ferro, de ouro, de manganês e de cobre; o processo de colonização e reforma agrária; a qualidade de vida inferior das regiões vizinhas etc.
Curiosidades- Parauapebas é conhecida nacionalmente como sendo o berço dos hackers ou seja o lugar onde nasceram os piratas de computador no Brasil .Os piratas de computador também são conhecidos na cidade como batatas .
  
Fonte: SKYSCRAPERCITY