segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Moradores da Apa do Igarapé gelado reclamam que: Exploração mineral está contaminando a APA

A mineração a céu aberto causa diversos impactos ao meio ambiente. Destrói completamente a área da jazida, as bacias de rejeito e as áreas usadas para depósito estéril. Tais impactos provocam danos e desequilíbrio na água, no solo, no ar, no subsolo e na paisagem como um todo, e são perceptíveis por toda população, visto que as áreas destruídas nunca voltarão a ser como antes.
 Vários estudos comprovam as reclamações dos produtores da APA do Gelado, realizados por pesquisadores da Sespa/Lacen-PA, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia e o Museu Paraense Emílio Goeldi, comprovando que as atividades antrópicas de exploração mineral na Serra dos Carajás tem causado severos impactos ambientais à APA do Igarapé Gelado, por receber um aporte de rejeitos minerais contaminando a cabeceira do Igarapé.
Estudiosos capturaram peixes da espécie Leporinuselongatus (Piau) e Eugerresbrasilianus (Caratinga), provenientes do Igarapé Gelado, respectivamente em número de dois e quatro espécimes, sendo sacrificados após dessensibilização em água fria e imediatamente feito biometria, pesagem, identificação e dissecação para coleta de fígado e guelras. Em seguida foram preservados em formol tamponado a 10% e encaminhados aos Laboratórios de Toxicologia (Toxan) e Laboratório de Patologia da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), sendo separados em amostras, registrados e devidamente processados através de técnicas histológicas clássicas e coradas por HE (hematoxilina-Eosina), sendo avaliados por microscopia óptica, apresentando que os elementos presentes no Igarapé Gelado, inclusive os metais pesados, estão sendo absorvidos pelos peixes e que os níveis de concentração em alguns elementos podem causar danos a saúde da população que consome estas espécies.
  Até o ano de 2002 a então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), hoje Vale explorou a exaurida reserva de ouro do Igarapé Bahia, utilizando soda cáustica e cianeto para separação do minério da rocha primária, substâncias químicas que estão espalhadas região.
Hoje as atividades de exploração mineral são as lavras de manganês, ferro e cobre, todas as áreas com seus rejeitos depositados em barragens de contenção, nas proximidades das minas, mas também próximas das áreas de trabalhadores rurais. E para contenção do rejeito oriundo da exploração do minério de ferro de Carajás foi construída uma barragem no Igarapé Gelado, que vem causando problemas, principalmente para os agricultores da APA do Gelado.
Ainda hoje os moradores da APA relembram quando no ano de 1992, a barragem transbordou e inundou a área de alguns agricultores, causando grandes prejuízos aos produtores rurais, que tiveram inundadas suas áreas com plantio de hortaliças (abóbora, tomate, pimentão, quiabo, pepino, melancia, jiló, couve e repolho), milho e feijão e açaizais e outros prejuízos materiais e ambientais.
   A moradora da APA, Ana Cristina, 38 anos, detalha que vive na comunidade desde os 15 anos e também perdeu as esperanças de qualidade de vida e auto-sustentabilidade. “Os responsáveis pela APA disseram que a escola seria um meio de capacitar e manter nossos filhos conosco, mas só tem até a 8ª, série, por isso eles foram morar na cidade e hoje vivo só com o meu marido”, Comenta, explicando que antes eles cultivavam banana e exportavam, mas hoje sobrevivem da criação de peixes, mas a renda é pouca, em média de R$800,00 por falta de incentivos financeiros e técnicos.
  “Aqui não podemos trabalhar, alguns receberam incentivos do programa ‘Mata Viva’, mas a gente nada. Assistência técnica aqui somente no papel, na imprensa e conversas nas reuniões. Temos água contaminada, mas a Vale não deixa transparecer, quando eles construíram uma estrada perdemos 10 mil peixes contaminados. Aqui é um paraíso pra Vale, quando eles vêm pra Estação Conhecimento eles trazem até a água deles, pois a nossa é contaminada. Eles não trazem os filhos deles, pois sabem que de paraíso aqui não tem nada”, conclui Cristina.
“Prestamos serviços ambientais gratuitos, preservamos as matas nativas das nossas terras e não podemos trabalhar nelas, o pouco espaço que temos não temos condições de beneficiar, os projetos não passam de propagandas e pra complicar estamos numa área de águas superficiais e lençóis freáticos contaminada pela Vale. Até meus peixes morreram contaminados, estamos clamando por socorro, que se não vir do Brasil , que tem um governo cheio de corruptos, que outras entidades mundiais, vejam nossa realidade e nos salvem”, protesta Chico Doido.
   Chico Doido da APA alerta que já foram realizadas várias análise comprovando que as atividades da Vale estão contaminando o Igarapé Gelado e nenhuma autoridade toma atitude, esperando que o impacto ambiental seja devastador para que se resolva a situação. “Eu tenho um exemplo disso, no ano passado eu perdi 10 mil peixes do meu tanque, tudo contaminado, pois fui captar a água do canal para o meu tanque e perdi o pão da minha família”, conclui Chico, reforçando que os funcionários do Ibama e do Icmbio perseguem os moradores da APA e fecham os olhos para as irregularidades da Vale. (Fontes: http://www.ibama.gov.br ,http://www.ambientebrasil.com.br, www.cprm.gov.br , Amélia@ufpa.br e www.ogazeta.blogspot.com.)

Mineração devasta Minas Gerais

 
 





sábado, 11 de outubro de 2014

CÍRIO EM BELÉM/PA

Círio Fluvial conduz devotos pelas águas da Baía do Guajará


Círio Fluvial reúne diversos devotos que navegam pelas águas da Baía de Guajará (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)
A Baía do Guajará, no entorno de Belém, foi tomada na manhã deste sábado (11) por centenas de embarcações com devotos que acompanharam a 29º edição da Romaria Fluvial, que integra o calendário das 12 procissões oficiais do Círio de Nazaré. O “Círio das Águas” saiu do trapiche de Icoaraci, distrito de Belém, a bordo do navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, às 9h, e chegou por volta de 11h na escadinha do cais do Porto, na Estação das Docas, de onde segue para a quarta homenagem: a Motorromaria.
A Capitania dos Portos afirma que cerca de 500 embarcações participaram da romaria. A Diretoria da Festa de Nazaré, Dieese/PA e Polícia Militar informaram que em torno de 50 mil pessoas acompanham a romaria fluvial, entre as pessoas que acompanham nas embarcações e as que assistem desde a saída de Icoaraci até a chegada na Estação das Docas/escadinha do cais do Porto. Na chegada da procissão, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é recebida por autoridades do Belém e do Pará.
Segundo estudos conjuntos do Dieese/PA e da Diretoria da Festa de Nazaré, o Círio Fluvial percorreu cerca de 10 milhas náuticas - o equivalente a 18,500 km - de procissão em aproximadamente duas horas.
História
Em sua 29ª edição, a Romaria Fluvial foi iniciada pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com saída do trapiche de Icoaraci no dia 8 de outubro de 1986. O responsável foi o presidente da Paratur à época, o historiador Carlos Rocque, e foi acompanhada por cerca de 50 barcos.

Até 2002, a imagem peregrina seguia na terceira réplica da berlinda. Em 2003 o andor foi substituído por uma cúpula de vidro, que permitiu melhor visibilidade da imagem pelos romeiros. Já em 2009, a santa ganhou uma nova cúpula de vidro para o Círio Fluvial, pois a antiga foi doada à Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, por ocasião da Festa de Nazaré, realizado na capital fluminense.
Imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é conduzida pelas águas a bordo do navio Garnier Sampaio (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)Fonte:globo.com

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Parauapebas sinônimo de evolução

Prefeito Valmir Mariano reforça importância do bom atendimento no transporte coletivo

Com o intuito de reforçar a importância do bom atendimento à população no transporte público municipal, o prefeito Valmir Mariano, acompanhado do secretário municipal de segurança institucional e defesa do cidadão, Hipólito Gomes, fez uma visita especial aos primeiros 25 alunos do curso Treinamento Especializado para Condutores de Transporte Coletivo de Passageiros, ministrado pelo Sest/Senat, a pedido da Central de Cooperativa de Vans.


Karine Gomes
Núcleo de Imprensa | Ascom 
“Temos a oportunidade de ter o melhor transporte público do Brasil, com uma frota de ônibus dotada de acessibilidade, climatização e bilhetagem eletrônica. Porém, isso tudo não fará a diferença, caso o atendimento também não melhore. Estou aqui para reforçar a vocês a importância do bom atendimento à população. Sem isso será impossível avançar com esse grande projeto desenvolvido pela Central”, destacou o prefeito durante a sua fala.
A capacitação é uma iniciativa da Central que visa a melhoria do atendimento no transporte público de passageiros da cidade, por meio da qualificação dos condutores. “Todos os nossos cooperados que também são condutores aprenderão sobre relações interpessoais, humanas e técnicas, para transportar os passageiros com segurança e qualidade”, informa o presidente da Central de Cooperativa de Vans, Jovelino Mendes do Amaral.
O curso teve início na última terça-feira (7) e envolverá os mais de 300 cooperados. Um deles é José Carlos Alves da Costa, que já atua no segmento há mais de oito anos. “O sistema que está aí não pode mais permanecer. Essa mudança vai ser importante para gente e para toda a população”, destacou o condutor, acrescentando que uma das mudanças que vai fazer a diferença é quanto à carga horária de trabalho.
“Hoje trabalhamos em média 10 horas por dia. Com o novo sistema, diferente dessa competição individual entre a gente, vamos trabalhar em torno de seis ou sete horas por turno”, revelou José Carlos.
O prefeito agradeceu ao empenho de todos, elogiou mais uma vez o projeto da Central e adiantou para os presentes que a gestão municipal vai investir na melhoria e ampliação das paradas de vans, assim como vai continuar avançado na manutenção das vias públicas para garantir trafegabilidade aos novos ônibus.
Fonte: PMP

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eleições 2014

"Dilma Rousseff emerge como a principal candidata na eleição"

 

Em artigo publicado neste domingo (5), o New York Times analisa o primeiro turno das eleições brasileiras para presidente, onde Dilma Roussef, que ocupa o cargo atualmente, surgiu como a favorita em um das eleições mais disputadas desde que a democracia foi restabelecida no país. No entanto, na primeira fase da corrida presidencial, a presidente não conseguiu a maioria dos votos, abrindo o caminho para o segundo turno com Aécio Neves que, segundo o New York Times, “é herdeiro de uma família poderosa politicamente, com tendências a favor do mercado financeiro”.
O New York Times destaca que “a forte presença de Aécio Neves, senador do estado de Minas Gerais permitiu que ele superasse Marina Silva”, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos. No entanto, a postura de líder ambientalistas e a posição de destaque nas pesquisas de setembro não foram o suficiente e a candidata, que parecia a maior ameaça a candidatura de Dilma Roussef, foi eliminada no primeiro turno.
As apurações apontaram que Dilma conseguiu 41,5% dos votos contra 33,7% de Aécio Neves, enquanto Marina Silva teve 21,3%, já com 99% dos votos apurados.
Segundo o New York Times, enquanto Dilma parece continuar como a favorita do segundo turno, no dia 26 de outubro, a subida de Aécio poderia refletir um possível desencantamento com o PT, que está procurando se manter no poder entre as criticas de uma economia estagnada e um escândalo na indústria de petróleo no país, envolvendo a Petrobrás.
O jornal americano chama a atenção ainda para o fato de que os diversos protestos que abalaram o país, aconteceram durante o mandato de Dilma. Apesar dessa “acidificação” do humor nacional e dos enormes protestos em 2013, a campanha da atual presidente foi impulsionada por políticas sociais, se concentrando em preservar empregos e expandir os programas sociais.
Enquanto Aécio, durante sua campanha, criticou o escândalo da Petrobras. O episódio envolveu um ex-executivo e “acabou revelando um enorme esquema de superfaturamento destinado a apoiar figuras na aliança de governo de Dilma”.
No entanto, a enfase dada, durante a campanha da presidente Dilma, em proteger as conquistas do governo, sem perder tempo em ataque, ajudou a fortalecer a campanha nos últimos dois meses Muitos eleitores começaram a demonstrar preocupação de que os rivais de Dilma pudessem desmontar a rede de programas do governo de combate a pobreza, que começou após a entrada do PT no governo.
"Há um monte de corrupção no governo, mas não há corrupção em todos os governos?", disse Luís Carlos Silva, 47 anos, um garçom em um restaurante no centro do Rio de Janeiro, entrevistado pelo New York times. Essa afirmação comprova que, apesar de tudo, Dilma, que está no poder desde 2003, já ajudou muitos brasileiros a ascenderem à classe média, especialmente no Ceará, durante o seu governo. “A vida melhorou com Dilma”, afirmou o garçom durante a entrevista.
A eleição tem sido seguida de perto pela América Latina, com o governo de Dilma tendo apoiado governos de esquerda como a Venezuela e Cuba. A campanha também tem criado uma volatilidade no mercado financeiro com grandes investidores expressando ansiedade com algumas políticas do governo de Dilma, que expandiu a influências das estatais no país.
Sr. Neves, 54, já sinalizou que iria pôr em prática políticas destinadas a acalmar os mercados, como aliviar os controles sobre os preços dos combustíveis e aumentar a transparência das finanças públicas. Um dos principais assessores de sua campanha é Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central  e que agora opera uma empresa de investimento com sedeno Rio.
“Em uma eleição cheia de mudanças repentinas, a campanha se alterou em agosto, quando Eduardo Campos, candidato a presidência e ex-governador de Pernambuco, foi morto em um acidente de avião”, relembra o New York Times. Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva ocupou o seu lugar na candidatura a presidência pelo PSB e grande parte das pesquisas de intenções de voto, já a apontavam como vencedora.
No entanto, alguns equívocos durante a campanha tiraram Marina Silva da liderança, como bem lembra o artigo do New York Times. “ O retrocesso no apoio ao casamento igualitário e as descrições vagas sobre como ela poderia mudar as instituições brasileiras, semeou a confusão entre os eleitores e Marina perdeu terreno enquanto a eleição foi se aproximando”, afirma o artigo.
Refletindo a consolidação da democracia no Brasil desde o regime militar, que terminou em 1985, as votações se desenrolaram sem grandes problemas. Além do voto para presidente os eleitores também escolheram governadores e deputados, federais e estaduais, nesta eleição.
O New York Times chama a atenção pelo reforço que o PSDB ganhou em São Paulo, porém destaca que o Aécio perdeu terreno para o PT em Minas Gerais, seu estado natal. No entanto, segundo o artigo do New York Times, “cansaço e desencanto” foram sentimentos em crescimento entre os eleitores. Uma prova disso, segundo o jornal, seria o desejo da maioria do eleitorado de “uma revisão da legislação, tornando o voto obrigatório para pessoas na faixa dos 18 aos 70 anos”. E Marina Silva tentou explorar esse sentimento com uma mensagem difusa de "nova política".
"De todos os candidatos, Marina é a única que realmente representa uma renovação", disse Carlos Alberto Ferreira, 62 anos, um aposentado que trabalha como guarda de segurança em um estacionamento para suplantar sua renda de aposentadoria insuficiente. "Ela fala diretamente ao povo’, afirmou o aposentado em entrevista para o NYT.
Segundo o artigo, Aécio só se tornará um desafio mais sério para Dilma, se começar a atrair os eleitores de Marina Silva. No entanto, o NYT destaca que Aécio enfrenta desconfianças dos eleitores mais pobre e problemas de corrupção do PSDB, incluindo aí o escândalo da fixação de preços nos contratos de fornecimento de equipamentos do metrô de São Paulo.
A corrida entre Dilma, uma ex-guerrilheira de esquerda, e Aécio Neves, cujo avô foi eleito presidente em 1985, mas adoeceu e morreu antes que ele pudesse assumir o cargo, sugere que a polarização que “pode se tornar mais aguda”, segundo NYT. Os dois representam ideologias rivais, com Dilma cortando o capitalismo do Estado e o Aécio Neves alegando que o papel do Estado na economia deve ser reduzido. Em uma declaração dada por Fernando Henrique, ex-presidente e apoiador da campanha de Aécio Neves, disse “cruamente” aos repórteres no domingo sobre o novo papel de Marina Silva, e que precisa acontecer agora, se o seu partido quiser derrubar Dilma: "Marina precisa vir para o nosso lado".

Ponte da APA incendiada

Pessoas revoltadas com descaso da Vale, ateiam fogo na ponte do rio Igarapé Gelado, localizado na APA.
O provável motivo seria referente a situação que se encontram as pontes em péssimas condições, as quais são a única forma de acesso para moradores da região, além de ser um grande risco para crianças que utilizam o onibus escolar que transita pelo local.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Exploração mineral está contaminando a APA

Por Juno Brasil - A mineração a céu aberto causa diversos impactos ao meio ambiente. Destrói completamente a área da jazida, as bacias de rejeito e as áreas usadas para depósito estéril. Tais impactos provocam danos e desequilíbrio na água, no solo, no ar, no subsolo e na paisagem como um todo, e são perceptíveis por toda população, visto que as áreas destruídas nunca voltarão a ser como antes.Vários estudos comprovam as reclamações dos produtores da APA do Gelado, realizados por pesquisadores da Sespa/Lacen-PA, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia e o Museu Paraense Emílio Goeldi, comprovando que as atividades antrópicas de exploração mineral na Serra dos Carajás tem causado severos impactos ambientais à APA do Igarapé Gelado, por receber um aporte de rejeitos minerais contaminando a cabeceira do Igarapé.
Estudiosos capturaram peixes da espécie Leporinuselongatus (Piau) e Eugerresbrasilianus (Caratinga), provenientes do Igarapé Gelado, respectivamente em número de dois e quatro espécimes, sendo sacrificados após dessensibilização em água fria e imediatamente feito biometria, pesagem, identificação e dissecação para coleta de fígado e guelras. Em seguida foram preservados em formol tamponado a 10% e encaminhados aos Laboratórios de Toxicologia (Toxan) e Laboratório de Patologia da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), sendo separados em amostras, registrados e devidamente processados através de técnicas histológicas clássicas e coradas por HE (hematoxilina-Eosina), sendo avaliados por microscopia óptica, apresentando que os elementos presentes no Igarapé Gelado, inclusive os metais pesados, estão sendo absorvidos pelos peixes e que os níveis de concentração em alguns elementos podem causar danos a saúde da população que consome estas espécies.
Até o ano de 2002 a então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), hoje Vale explorou a exaurida reserva de ouro do Igarapé Bahia, utilizando soda cáustica e cianeto para separação do minério da rocha primária, substâncias químicas que estão espalhadas região.

Hoje as atividades de exploração mineral são as lavras de manganês, ferro e cobre, todas as áreas com seus rejeitos depositados em barragens de contenção, nas proximidades das minas, mas também próximas das áreas de trabalhadores rurais. E para contenção do rejeito oriundo da exploração do minério de ferro de Carajás foi construída uma barragem no Igarapé Gelado, que vem causando problemas, principalmente para os agricultores da APA do Gelado.

Ainda hoje os moradores da APA relembram quando no ano de 1992, a barragem transbordou e inundou a área de alguns agricultores, causando grandes prejuízos aos produtores rurais, que tiveram inundadas suas áreas com plantio de hortaliças (abóbora, tomate, pimentão, quiabo, pepino, melancia, jiló, couve e repolho), milho e feijão e açaizais e outros prejuízos materiais e ambientais.

A moradora da APA, Ana Cristina, 38 anos, detalha que vive na comunidade desde os 15 anos e também perdeu as esperanças de qualidade de vida e auto-sustentabilidade. “Os responsáveis pela APA disseram que a escola seria um meio de capacitar e manter nossos filhos conosco, mas só tem até a 8ª, série, por isso eles foram morar na cidade e hoje vivo só com o meu marido”, Comenta, explicando que antes eles cultivavam banana e exportavam, mas hoje sobrevivem da criação de peixes, mas a renda é pouca, em média de R$800,00 por falta de incentivos financeiros e técnicos.

“Aqui não podemos trabalhar, alguns receberam incentivos do programa ‘Mata Viva’, mas a gente nada. Assistência técnica aqui somente no papel, na imprensa e conversas nas reuniões. Temos água contaminada, mas a Vale não deixa transparecer, quando eles construíram uma estrada perdemos 10 mil peixes contaminados. Aqui é um paraíso pra Vale, quando eles vêm pra Estação Conhecimento eles trazem até a água deles, pois a nossa é contaminada. Eles não trazem os filhos deles, pois sabem que de paraíso aqui não tem nada”, conclui Cristina.

“Prestamos serviços ambientais gratuitos, preservamos as matas nativas das nossas terras e não podemos trabalhar nelas, o pouco espaço que temos não temos condições de beneficiar, os projetos não passam de propagandas e pra complicar estamos numa área de águas superficiais e lençóis freáticos contaminada pela Vale. Até meus peixes morreram contaminados, estamos clamando por socorro, que se não vir do Brasil , que tem um governo cheio de corruptos, que outras entidades mundiais, vejam nossa realidade e nos salvem”, protesta Chico Doido.

Chico Doido da APA alerta que já foram realizadas várias análise comprovando que as atividades da Vale estão contaminando o Igarapé Gelado e nenhuma autoridade toma atitude, esperando que o impacto ambiental seja devastador para que se resolva a situação. “Eu tenho um exemplo disso, no ano passado eu perdi 10 mil peixes do meu tanque, tudo contaminado, pois fui captar a água do canal para o meu tanque e perdi o pão da minha família”, conclui Chico, reforçando que os funcionários do Ibama e do Icmbio perseguem os moradores da APA e fecham os olhos para as irregularidades da Vale.

Fonte: Jornal O Gazeta, de 01 a 22 de setembro de 2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

Documentário/Banner - APA

Área de Preservação Ambiental ou Mito?











Até o Tambaquí, espécie de peixe muito consumido pela população, criados em tanques são comtaminados...







Conforme a lei 8.171, de 17 de Janeiro de 1991, Art. 19 - O Poder público deverá:
I - integrar a nível de Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios e as Comunidades na preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais;
II - disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora;






Os moradores da APA, região da área do Igarapé do Gelado pede às Autoridades competentes que tomem providências no sentido de ajudar aos colonos que aqui vivem a quase 30 anos...


Fonte:própria

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO


AREA: Toxicologia
O USO DA QUIMIOMETRIA NA AVALIAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS EM PEIXES.
Bruno de Cássio Veloso de Barros (SESPA/LACEN-PA); Simone de Fátima Pinheiro Pereira (Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Exatas e Naturais, Departamento de Química.); Dulcidéia da Conceição Palheta (Universidade Federal Rural da Amazônia); Ana Patricia Silva Palheta (Museu Paraense Emílio Goeldi); Paulo Sérgio dos Santos Souto (Universidade Federal Rural da Amazônia)

Resumo
O risco de contaminação por mercúrio, originada nos garimpos de ouro em décadas de exploração desenfreada e por origem natural, tem sido alvo de preocupação na área ambiental e da saúde pública. Em relação às populações humanas, uma das possíveis vias de exposição é por meio da ingestão de alimentos contaminados. Este aspecto cresce em importância quando se trata de comunidades ribeirinhas,especialmente indígenas, onde o pescado é a base da dieta protéica diária (Gonçalves, 1993; Bidone et al., 1995; Bidone et al., 1997; Barbosa et al., 1997; Boischio & Cernichiari, 1998).Na região amazônica foram desenvolvidos poucos estudos envolvendo a especiação química do mercúrio, sobretudo em organismos aquáticos. No entanto, as pesquisas realizadas em peixes têm demonstrado que cerca de 60 a 95% do mercúrio total, em tecido muscular, ocorrem na forma de metil mercúrio, que é uma das formas mais tóxicas para o homem (Westoo, 1966; Cappon & Smith, 1981; WHO, 1990; Akagi et al., 1996).Foram coletadas 25 amostras na área de proteção ambiental (APA) do igarapé Gelado no município de Parauapebas estado do Pará. A abertura das amostras foi feita em microondas utilizando ácidos fortes e peróxido. Os metais Ag, Al, Ba, Ca, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Na, P, Pb, Sr e Zn foram analisados através da técnica da espectrometria da emissão ótica com plasma indutivamente acoplado (ICPOES). Todos os elementos mostraram excelentes correlações (0,934-1,000) entre si com exceção do Pb. Através da análise de componentes principais (PCA) foi possível explicar a maioria dos resultados (Fator 1-91,83%) e também mostrou que só o Pb não faz parte do grupo de elementos analisados. Através do cálculo da Anova verificou-se que as médias dos elementos em tecido de peixe diferem significativamente (Fcrítico < Fcalculado), e no estudo hierárquico de agrupamentos (HCA) os elementos que apresentaram as maiores similaridades foram Ag, Al, Ba, Cu, Fe, Mn, Na, Pb, Sr e Zn. A maior variabilidade dos resultados foi do potássio verificado através do boxplot com alguns resultados anômalos (outlier) para Ca, K, Mg e P. As análises apresentadas mostram que os elementos presentes no igarapé gelado, inclusive os metais pesados, estão sendo absorvidos pelos peixes e que os níveis de concentração em alguns elementos podem causar danos a saúde da população que consome estas espécies. Palavras-chave: Peixe, Estatística, elementos químicos, APA Igarapé Gelado.

Fonte:Mercúrio

Parauapebas-Pa

Parauapebas é um município brasileiro do estado do Pará. Está localizado a 700 km da capital do estado. Nos últimos anos a cidade duplicou o número de habitantes, muitos atraidos pelos projetos de exploração de minério no município.

Economia

Atividade mineradora - Representadada principalmente pela Mina de Ferro de Carajás, da Companhia Vale do Rio Doce. A extração do minério de ferro representa a principal fonte de recursos do município empregando cerca de 8 mil pessoas diretamente e cerca de 20 mil indiretamente. Além do minério de ferro possui destaque a extração dos minérios de manganês e de ouro. A Vale exportou 3,8 bilhões de dólares em minérios em 2008, levando o município a atingir a oitava colocação entre os maiores municípios exportadores do país.

Atividade pecuária - Realizada em geral de maneira extensiva em diversas propriedades rurais de médio porte. Dados de 2005 apontam um rebanho de quase 300 mil cabeças de gado.

Atividade agrícola - A atividade agrícola no município de Parauapebas é pouco expressiva e é quase em sua totalidade desenvolvida em pequenas propriedades familiares. Os produtos agrículas com maior participação no PIB do municício são abacaxi, tomate e mandioca, com rendimento de cerca de R$20 milhões/ano cada (2005).[6]

Comércio - A cidade possui dois centros comerciais expressivos. Um deles se localiza no bairro Rio Verde nas proximidades da rua Curió (também conhecida como rua do Comércio) e o outro se localiza distribuido por todo o bairro Cidade Nova. Em breve a cidade contara com o Unique Shopping Parauapebas
Outras - Desenvolve-se também na cidade as indústrias: extrativista vegetal, pesqueira, movelaria e beneficiamento de produtos agrícolas. Além dessas, a cidade possui um mercado municipal e uma feira agrícola permanente.

Recursos minerais

Uma das maiores províncias minerais do mundo, com jazidas de minério de ferro, sob a forma de hematita, alcançando 68% de Fe, assim como de minério de manganês, de cobre e de ouro.
Possui uma área de 7077,269 km².


História

Em meados dos anos 60, foi descoberta uma das maiores províncias minerais do mundo, Carajás, no sudeste do Pará. Anos depois, em 1970, a Companhia Vale do Rio Doce (Vale) se associou à empresa U.S. Steel criando a AMZA - Amazonia Mineração S.A. para explorar o Projeto Ferro Carajás. EM 1981, a Vale adquiriu a exclusividade de explorar minério de ferro, ouro e manganês no local, antes habitada por índios Xikrins do Cateté e remanescentes do Ciclo da Castanha.
Em 1981, deu-se início da implantação do Projeto Ferro Carajás. No vale do rio Parauapebas começou a ser construída a vila de Parauapebas. A construção do núcleo de Parauapebas provocou a migração de muitas pessoas para a área. Em pouco tempo, o povoado do Rio Verde, apesar das condições inferiores em relação aos padrões do núcleo projetado, superou a população prevista. A vila que havia sido projetada para atender 5.000 habitantes, segundo dados do IBGE, já estava com 20.000 habitantes.
A Vale construiu uma rodovia asfaltada entre a cidade de Marabá e as instalações da empresa com cerca de 200 km. Essa estrada foi, posteriormente, transferida ao Estado do Pará.
Chegaram fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pessoas recrutadas para trabalhar no Projeto Ferro Carajás. Próximo à rodovia começaram a surgir as construções das primeiras casas e barracas, dando início ao povoado de Rio Verde, que mais tarde se tornaria um dos maiores bairros da cidade.
A Vale construiu um núcleo urbano ao lado do povoado para abrigar seus funcionários, nesses se incluem os que viriam trabalhar nas obras da Estrada de Ferro que ligaria a província mineral ao Porto da Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão.
A empresa iniciou ainda as construções da Escola Euclides Figueiredo, da delegacia, do hospital, do prédio da administração e da rede elétrica.
Em 1983 o Grupo Executivo das Terras do Araguaia – Tocantins (GETAT) distribuiu lotes agrícolas e usou máquinas para abrir as ruas do Rio Verde, onde já estava se organizando um comércio.
No ano de 1984, garimpeiros de Serra Pelada invadiram o povoado para obrigar o Governo a lhes dar o direito de explorar o ouro da Serra Pelada.
Em 1985, deu início a luta pela emancipação política da região. Parauapebas, então pertencente à Marabá, só obteve autonomia administrativa depois de quatro anos de movimentos favoráveis ao desligamento político de Marabá, em 1988. A vila por meio de plebiscito tornou-se município a partir da Lei Estadual nº 5.443/88 de 10 de maio de 1988.
Em 1985, o presidente José Sarney inaugurou a Estrada de Ferro Carajás, também construída pela Vale, com investimentos de alguns bilhões de dólares.
De 1981 a 2004, a população de Parauapebas cresceu mais de 10 vezes chegando no número de 110.000 habitantes. O número de eleitores cresceu 2,7 vezes entres os anos de 1989 e 2004, passando de 23.733 para 63.496 eleitores, uma média de crescimento anual de 6,8%.
Se comparado às taxas médias de crescimento anual da população brasileira, do Pará e de Parauapebas, no período de 2001 a 2004, se observa que a população do município cresceu 8,9%, enquanto o País e o Estado ficaram com as marcas de 1,3% e 2,0%, respectivamente. Atualmente, a população de Parauapebas é em torno de 150 mil habitantes.
Os bairros de Parauapebas são:
- Cidade Nova - Primavera - União - Maranhense - Rio Verde - Liberdade I - Liberdade II - Bairro da Paz - Guanabara - Nova Vida - Beira Rio I - Beira Rio II - Novo Brasil - Caetanópolis - Jardim América - Bela Vista - Jardim Canadá - Altamira - Novo Horizonte - Betânia - Vale dos Carajás - Vila Rica - Casas Populares I - Casas Populares II
São muitas as causas que fazem de Parauapebas um pólo de atração populacional, dentre eles: a exploração do minério de ferro, de ouro, de manganês e de cobre; o processo de colonização e reforma agrária; a qualidade de vida inferior das regiões vizinhas etc.
Curiosidades- Parauapebas é conhecida nacionalmente como sendo o berço dos hackers ou seja o lugar onde nasceram os piratas de computador no Brasil .Os piratas de computador também são conhecidos na cidade como batatas .
  
Fonte: SKYSCRAPERCITY